domingo, 22 de março de 2015

Pokhara

Nessa semana de preparação antes de começar os trabalhos no asilo e no orfanato, todos os novatos foram para uma cidade conhecida pelo enorme lago, Pokhara. Embora não seja muito distante de Kathmandu, apenas um pouco mais de 200 quilômetros, a viagem dura cerca de  7 horas.

A estrada entre montanhas e seguida por um rio, é bem estreita e cheia de curvas. Muitas vezes os motoristas andam no meio buzinando porque o asfalto também não é muito bom. Mas é realmente bonita a paisagem.

Espaço apenas para dois nas estradas


Muitas cidadezinhas ficam na beira da estrada. Fizemos 3 paradas. Numa deles provei samosa. Muito apimentado mas bem apetitoso. No formato de coxinha, mas feito com uma massa diferente.
Chegamos em Pokhara 2 da tarde. Almoçamos e fizemos um passeio pelo lago em um barquinho até uma ilha que fica bem no meio. 3 homens remaram por uns 10 minutos até chegarmos lá. Um templo e muitos sinos budistas ocupam a pequena ilha.

Depois disso andamos pela cidade. Para mim pareceu um pouco algumas famosas vilas do litoral brasileiro. Como Pipa ou Jericoacoara. Muitas pousadas, hotéis, turistas. Um clima mais leve e agradável paira no ar, mas nada como nossas praias.

Tínhamos a missão de acordar bem cedo no dia seguinte para ver o nascer do Sol nas montanhas. Chineses, japoneses, alemães, todo tipo de gente vai para Sarangkot antes do sol nascer. Me lembrou muito a bandeira do Japão. E quando as montanhas foram se iluminando, a sensação é de que somos bem pequenos e que o mundo é incrível.

Vista de Sarangkot
Fomos para uma caverna ainda na mesma manhã, Guptessarr. Uma cachoeira passa por lá e tem uma fonte de desejos, além dos templos hindus.

A aventura mal tinha começado. O parapente que agendamos no dia anterior era o próximo passo. Me separei do grupo. Acabei indo com outra excursão de chineses. O piloto francês me escolheu apenas porque sabia perguntar o nome dele: comment tu t'apelles?

Pré-voo de parapente


Pareceu bem fácil. Fui a mais de 2 mil metros de altura. Era possível ver tudo lá de cima. Mas depois que fizemos algumas acrobacias fiquei bem enjoado, o que aconteceu com todo mundo.
De tarde fizemos compras, andamos pelas ruas...fomos turistas. É muito indicado barganhar. É sempre possível conseguir um bom desconto. Compare para não ficar na mão dos comerciantes, alguns abusam da falta de conhecimento dos turistas. As coisas são bem baratas mas é preciso pesquisar.

Sinto um pouco falta de casa, dos meus amigos, minha namorada. Queria que estivessem comigo vivendo tudo isso. Me desligo em alguns momentos e o inglês parece longe. Sinto a solidão que busquei, apenas penso na vida e leio meu xará, Dalai Lama.

Voltamos cedo. Mas levou muito mais tempo para chegar. Para eles domingo é como segunda, o primeiro dia de trabalho. A estrada estava mais cheia, mas nunca fica vazia. E engraçado, no calendário deles, já é 2072. Estou no futuro!

10 comentários:

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  2. Pois é, o futuro está tão perto que as vezes estamos nele e nem percebemos. Sábio quem aproveita a vida e aprende todos os dias. Também estamos com saudades. beijos

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  3. GG! Percebo que as estradas ai são péssimas, já que levou 7h para percorrer uma distância entre BSB-GYN.
    Com relação ao esporte extremo, agora para o pqd falta pouco.
    Qto ao futuro, independentemente do ano, vc já se encontra nele, pois a leste o Sol acorda e a oeste Ele dorme.

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  4. Comecei a te acompanhar hoje. Beijos Vovó.

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  5. que legas! tá meditando também? ioga, maybe? e a história da tatu, vai vir por aí?
    beijocas de 2015.

    *ps: comment tu t'appelles? hehe

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    1. Não to meditando nem fazendo mto ioga...tenho trabalhado msm....não sobra mto tempo... Merci!

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