segunda-feira, 30 de março de 2015

Chitwan

Esse fim de semana, depois de muito trabalho, fomos conhecer mais uma cidade, Chitwan. Um pouco mais próxima do que Phokara, Chitwan é conhecida pelos safáris e passeios de elefantes. Seis horas nas estradas tortuosas e perigosas nas montanhas nos levaram até lá. O clima não estava muito bom. Nos últimos dias tem chovido bastante por aqui. Uma chuva constante, mas não tão pesada.

Canoas para passeio no rio cheio de crocodilos de Chitwan
Fomos recepcionados no "tiger residence resort" com uma comida ótima. Fritas, macarrão, legumes e um bolinho apimentado. Tivemos que esperar um pouco a chuva passar para podermos passear de canoas em um rio cheio de crocodilos.

 
Rinoceronte em retirada
Na reserva de Chitwan existem mais de 700 espécies de animais. Tigres de bengala, rinocerontes, elefantes, leopardos, veados, macacos, etc. Desde 1973, quando o parque foi criado, a diversidade tem aumentado. Muitos pássaros migram para lá durante o verão também. O que pudemos ver foi: crocodilos, rinocerontes, elefantes, veados, javalis, macacos e muitos pássaros.

O rinoceronte deu um pouco de trabalho. Ele estava bem tranquilo no meio do rio. Já estávamos fora da canoa, andando ao longo do rio, mas quando nos viu, veio em nossa direção. Os guias nos orientavam para ir e voltar, para mantermos uma distância segura.

Embora o céu estivesse coberto, fazia muito calor. Um clima comum às florestas, imagino.
Depois do jantar, para vegetarianos, e com opção de galinha, para os não vegetarianos, fomos à uma apresentação do povo Tharu. Um dos povos que formam a população do Nepal. Dançaram com bastões, em círculos, ao som de tambores, mas bem diferente dos nosso índios.

Elefante trabalhando pela manhã
Na manhã seguinte a maioria de nós decidiu apenas por fazer uma caminhada e não o passeio com elefantes. Eles acabam maltratando essas criaturas fantásticas e deixam eles presos com correntes e grades elétricas. É até um pouco triste ver que eles mal podem dar dois passos e precisam se balançar para descansar as pernas. Alguns bebês, de 5 meses, também ficam acorrentados.
Depois disso voltamos pra casa, pelas montanhas do Nepal, cordilheira do Himalaia.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Trabalho

Nessa semana começou de verdade os trabalhos em um outro asilo e no orfanato de aishiworya. Saímos às 7h30, andamos uns 10 minutos, pegamos um ônibus, mais 15 minutos, depois andamos mais uns 10, até chegar no asilo. Incrível como existe lixo pelas ruas, inclusive passo por um rio totalmente poluído. Os ônibus são bem menores, em alguns nem consigo sentar com as pernas para a frente, não me cabem. Custa cerca de 25 rúpias a passagem. Um homem, ou muitas vezes adolescentes e crianças, são os "cobradores". Ficam em pé, descendo e subindo e gritando o destino. Lembra muito a época das vans em Brasília.

Ônibus em horário de pouco uso

Este novo asilo é bem diferente do asilo de Pashupati. Nesse, uma mulher conseguiu um espaço em um prédio não finalizado e reuniu algumas pessoas que moravam na rua. Existem algumas senhoras mais jovens mas que possuem problemas mentais. Algumas perderam os maridos, ou se divorciaram e não tinham mais nenhuma família para recorrer. Elas nos chamam de 'neto' e mudam de humor a cada dia. Diferente do outro asilo, nesse, elas são mais ativas. Muitas lavam as próprias roupas, a louça e ajudam nas tarefas. Existem alguns poucos homens e um deles não consegue sair da cama. Geralmente o alimento. Elas Brigam umas com as outras, reclamam, riem... Incrível como com sinais, olhos, bocas abertas ou o balanço da cabeça é possível manter uma comunicação. O Vishal que nos acompanha nesse trabalho traduz algumas vezes, mas são muitas senhoras. Varremos, carregamos comida, tijolos, lavamos roupas, ajudamos na cozinha... Trabalho mais pesado.

Senhora tomando Sol

Voltamos às 11h. O trânsito está um pouco mais pesado. Almoço sai 12h30. Dá pra descansar alguns minutos. Os vegetarianos não tem do que reclamar por aqui. Sempre tem muita opção.
Para o orfanato precisamos sair às 15h. Temos algum tempo pra planejar algumas atividades. A ideia é ensinar um pouco de inglês e tornar a vida deles um pouco mais fácil. Para o orfanato é quase o mesmo trajeto, mas é um pouco mais perto. E nesta semana choveu na maioria dos dias à tarde, o que dificultou nosso trabalho. Quando chove perdemos metade do nosso espaço para brincar. Para piorar as salas não tem luz.


Os meninos e meninas quase sempre estão cansados. Eles tem de 4, 5 anos à uns 11, 12. Os maiores nao ficam nessa escolinha em que trabalhamos, apenas onde moram, ajudando nas tarefas. Alguns deles são extremamente bagunceiros, não querem nunca cooperar e brincar com o grupo. Consegui converter um desses. Shiva, auto-entitulado "Monckey". fazendo tratos, negociando e com muito amor eles se rendem aos poucos. Muitos nos fazem carinho, pedem creme para pele, fotos, atenção, doces, colo... Eles falam um pouco de inglês quando querem, então facilita um pouco nosso trabalho. Cantamos, inventamos jogos, dançamos, fazemos de tudo para a tarde passar logo.
Às vezes brigam e tentamos interferir, tento passar alguns valores. Pelo menos Shiva parece ter aprendido que brigar é errado. E não é bom levar nada no bolso, principalmente dinheiro. Eles sempre conseguem checar nossos bolsos e é melhor evitar confusão.

domingo, 22 de março de 2015

Pokhara

Nessa semana de preparação antes de começar os trabalhos no asilo e no orfanato, todos os novatos foram para uma cidade conhecida pelo enorme lago, Pokhara. Embora não seja muito distante de Kathmandu, apenas um pouco mais de 200 quilômetros, a viagem dura cerca de  7 horas.

A estrada entre montanhas e seguida por um rio, é bem estreita e cheia de curvas. Muitas vezes os motoristas andam no meio buzinando porque o asfalto também não é muito bom. Mas é realmente bonita a paisagem.

Espaço apenas para dois nas estradas


Muitas cidadezinhas ficam na beira da estrada. Fizemos 3 paradas. Numa deles provei samosa. Muito apimentado mas bem apetitoso. No formato de coxinha, mas feito com uma massa diferente.
Chegamos em Pokhara 2 da tarde. Almoçamos e fizemos um passeio pelo lago em um barquinho até uma ilha que fica bem no meio. 3 homens remaram por uns 10 minutos até chegarmos lá. Um templo e muitos sinos budistas ocupam a pequena ilha.

Depois disso andamos pela cidade. Para mim pareceu um pouco algumas famosas vilas do litoral brasileiro. Como Pipa ou Jericoacoara. Muitas pousadas, hotéis, turistas. Um clima mais leve e agradável paira no ar, mas nada como nossas praias.

Tínhamos a missão de acordar bem cedo no dia seguinte para ver o nascer do Sol nas montanhas. Chineses, japoneses, alemães, todo tipo de gente vai para Sarangkot antes do sol nascer. Me lembrou muito a bandeira do Japão. E quando as montanhas foram se iluminando, a sensação é de que somos bem pequenos e que o mundo é incrível.

Vista de Sarangkot
Fomos para uma caverna ainda na mesma manhã, Guptessarr. Uma cachoeira passa por lá e tem uma fonte de desejos, além dos templos hindus.

A aventura mal tinha começado. O parapente que agendamos no dia anterior era o próximo passo. Me separei do grupo. Acabei indo com outra excursão de chineses. O piloto francês me escolheu apenas porque sabia perguntar o nome dele: comment tu t'apelles?

Pré-voo de parapente


Pareceu bem fácil. Fui a mais de 2 mil metros de altura. Era possível ver tudo lá de cima. Mas depois que fizemos algumas acrobacias fiquei bem enjoado, o que aconteceu com todo mundo.
De tarde fizemos compras, andamos pelas ruas...fomos turistas. É muito indicado barganhar. É sempre possível conseguir um bom desconto. Compare para não ficar na mão dos comerciantes, alguns abusam da falta de conhecimento dos turistas. As coisas são bem baratas mas é preciso pesquisar.

Sinto um pouco falta de casa, dos meus amigos, minha namorada. Queria que estivessem comigo vivendo tudo isso. Me desligo em alguns momentos e o inglês parece longe. Sinto a solidão que busquei, apenas penso na vida e leio meu xará, Dalai Lama.

Voltamos cedo. Mas levou muito mais tempo para chegar. Para eles domingo é como segunda, o primeiro dia de trabalho. A estrada estava mais cheia, mas nunca fica vazia. E engraçado, no calendário deles, já é 2072. Estou no futuro!

sexta-feira, 20 de março de 2015

Pashupati

Se você andar pelas ruas de Kathmandu, e de outras cidades do Nepal como um todo, você vai ver templos e pequenas "capelas". As três religiões dominantes são budismo, hinduísmo e cristianismo. Algumas pessoas, principalmente os mais velhos, estão sempre rezando, ou pintados com alguma cor, mas nada se compara à  Boudha estupa.

Bhouda estupa
A estupa é um templo de formato circular. Os olhos de Buda estão lá no topo, de onde saem bandeirolas até o chão e prédios próximos. É a maior estupa do mundo. Quando se chega até lá você só pode andar em um sentido, o horário. E além dos praticantes do budismo muitos turistas se envolvem e cumprem parte do ritual. A sensação é incrível, você se sente feliz e leve apenas por estar ali perto. E claro que eles não perderiam a oportunidade de vender. Inúmeras lojas cercam a parte interior da Boudha estupa.

Um barulho que se ouve muito nas ruas são pessoas escarrando e cuspindo. Parece um costume. Bem esquisito. As buzinas também já fazem mais sentido. É como em cidades do interior. Apenas para avisar que lá vem um carro ou uma moto.

Homens e mulheres religiosos em Pashupati
Como no Brasil existem alguns contrastes. Em um lugar sagrado porém triste, chamado Pashupati, cheio de templos e homens religiosos, moram também idosos abandonados. Um asilo publico com mais de 200 senhores e senhoras.  Nosso projeto cuida de uns 26. Alguns deles pelo que entendi até buscam este asilo. Muitos são cremados e tem as cinzas jogadas por ali, uma região abençoada. Outros possuem famílias pobres, que realmente não possuem condição. Alguns poucos tem problemas mentais. Vários perdem o movimento das mãos, não podem andar. Uma realidade bem triste.


Lavamos as roupas de cama, do corpo, arrumamos os quartos, varremos, demos comida, lavamos a louça. Muitos urinam nas camas ou se limpam nas toalhas, então é preciso ficar atento para deixar a roupa limpa. Fazemos tudo em baldes, mergulhando, esfregando e torcendo.

Isso me faz pensar em como precisamos cuidar uns dos outros. Principalmente nossos familiares. Eles são bem carentes, gostam de segurar as mãos dos voluntários, que dancemos ou cantemos, mesmo que não entendam as nossas línguas.

Para terminar de forma leve, Bollywood. Vimos um filme com 3 horas de duração e um intervalo de 10 minutos. O filme era cheio de caras e bocas, atuações exageradas, mais que novela mexicana. Ele poderia facilmente ser cortado. Mais da metade da segunda parte. História de amor, ação, vingança. De certa forma é divertido. Bollywood ainda ganha o mundo.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Primeiros dias

Kathmandu é uma cidade diferente do que se esperava. Sem nenhum padrão, as casas são coloridas e se amontoam, crescendo para cima e avante. Ruas estreitas e cheias de poeira. Muita gente anda com máscaras para evitar a poluição e gripes, o que pode ser assustador no começo. Esperei que a cidade fosse mais simples e menos "bagunçada". Esperava mais natureza, embora ainda tenha conseguido ver alguns macacos e outros animais na rua.

A vida começa bem cedo. Antes das 7 horas é possível já ouvir as buzinas e pessoas gritando. Os cães nem na madrugada descansam, latem praticamente a noite toda. Difícil entender porque.
Começamos nossa semana de preparação para o trabalho com yoga. Foi difícil dormir, acho que meu relógio biológico ainda não se ajustou. Acordei umas 4 vezes durante a noite. Mas às 7 horas o yoga já começava. Foi mais um exercício do que um relaxamento pra mim. Tudo treme em cada posição que se tenta. Senti cada músculo tentando me equilibrar.

Vista do acampamento

No primeiro dia, aprendemos a cozinhar alguns pratos típicos. Primeiro um chá. Anotem! Leite, água, pimenta do reino, gengibre, canela, mistura tudo depois de amassar os ingredientes e bota pra cozinhar. Ótimo pra garganta. Depois cozinhamos uma espécie de pastelzinho, chamado momo. Farinha e água, bem amassados e revirados. Repolho e cebola misturados e bem temperados com curry, e temperos prontos, tipo sazon em pó. Já vem prontos em caixinhas.

Ruas estreitas como se fossem becos
Tivemos aula de nepali, que é extremamente difícil. Principalmente a grafia. Consigo me lembrar apenas de kukur, que é cachorro. Aliás, existem milhões deles nas ruas. Deitados no meio das calçadas, sem incomodar e serem incomodados.

No fim do dia, fomos jantar na casa de uma família nepalesa. Bobi nos recebeu e conversamos por quase 2 horas. Os pais dela vieram do nordeste do Nepal, onde para chegarem precisam pegar um avião para as montanhas e caminhar por um dia. Quando ainda era criança veio para a capital. O irmão dela mora na Inglaterra, e ela depois de se formar em negócios pensa em talvez sair do país. O prato foi dal bhat (arroz, lentilhas cozidas e legumes cozidos no curry). Tradicionalmente eles comem com a mão, misturando tudo.

Mãos à obra! No segundo dia, depois do café da manhã fomos conhecer os projetos da Idex de perto. Uma organização nepalesa que ajuda pessoas em situações difíceis. Foi uma caminhada de horas, para checar o asilo e as escolas em que os projetos funcionam. Vimos templos, pessoas diferentes, alguns até me parecem brasileiros. Eles são bem misturados: chineses, indianos e algumas coisas mais. Eles vendem tudo pelas ruas, nas calçadas e em lojinhas bem pequenas. Com algumas centenas de rúpias você compra bastante coisa. Um dólar americano vale umas 99 rúpias nepalesas.

Eles são tão amáveis quantos nós brasileiros. Talvez até mais adaptáveis, imagino. Gostam de pintar nossas testas quando chegamos para dar sorte ou abençoar. Para os homens mais entre os olhos, para as mulheres mais próximo ao cabelo. E namastê é oi! Ta-ta! (Tchau!)


sábado, 14 de março de 2015

Começou

Mais 14 horas de vôo. Como marinheiro de primeira viagem, errei. Comprei uma passagem muito maluca. Saí 7 da manhã de Brasília, minha terra natal tão amada, no sábado e cheguei 8h30 em Guarulhos, São Paulo. Meu próximo vôo só às 3h15 da madrugada de domingo para Doha, Qatar. Aí sim começa a aventura. Devo chegar em Kathmandu só na segunda-feira, à noite. Até agora haviam apenas 15 pessoas no vôo de Doha para o Nepal.

Aeroporto de Doha
Passei a manhã dormindo, descansando das poucas horas dormidas, graças à despedida da família, amigos e principalmente namorada. Ela e minha mãe acordaram cedo pra me deixar às 6h no aeroporto. As horas demoraram a passar. Em um quarto de hotel, perto do aeroporto de Guarulhos, fiquei pensando em como será tudo isso. Ansiedade, medo, solidão, ansiedade, felicidade, um sentimento de liberdade. Saudade.






Arte no meio do aeroporto
Minha primeira viagem internacional, primeira vez que ficarei tanto tempo sem ninguém conhecido por perto, só eu comigo mesmo e ninguém. Me senti um pouco perdido. Como quando era criança e na multidão segurei a mão de outra mulher, que não era minha mãe. Sentimento meio desesperador, não é pra tanto.

As inseguranças acho que nem devem ser mencionadas. Tenho certeza de que tudo vai dar certo quando eu chegar e quando eu voltar.


Acho que isso me tornará mais independente. Vontade de sair de casa já existia, talvez, depois da viagem, essa vontade cresça. Estou ansioso para contar histórias dessa cultura tão diferente.

terça-feira, 10 de março de 2015

Contagem regressiva

Hoje completo 25 anos. A maioria das pessoas, que sabem alguma coisa de mim, não sabem que eu vou no próximo sábado, dia 14, para o Nepal. Um presente que resolvi dar para a minha pessoa, aproveitando as férias forçadas que tive. Saí dos dois empregos que mantive por quase um ano. Graças a essas duas empreitadas consegui juntar um dinheiro e vou poder realizar um dos meus sonhos. Viajar para longe. Por um mês.

O Nepal surgiu de uma pesquisa que fiz em agências de intercâmbio em Brasília. Não havia nada mais voltado para minha área, o jornalismo. Então busquei algo que me engrandecesse como pessoa e me deixasse continuar fora dos padrões, tento fugir de vários. Vou trabalhar voluntariamente, ou seja, pagando pra trabalhar, pra ajudar órfãos daquele país. Sempre tive também um desejo de visitar o Tibete, região onde o Dalai Lama vive, isolado e que fica ali perto. Querendo ou não sempre tive uma inspiração e uma espécie de missão de tentar chegar o mais próximo dele, pelo menos uma vez na vida. Tomara que eu consiga, não deve ser tão fácil.

O Nepal é um país pobre que fica entre o norte da Índia e o Tibete, que é uma região da China. Um lugar simples e muito espiritualizado. Acho que tanta simplicidade dá mais charme às grandes montanhas que cercam o país, que fica na região dos Himalaias, onde inclusive também fica o ponto mais alto do mundo, o monte Everest.

Vou ficar na capital Catmandu. Ali perto dizem foi onde Buda nasceu. Existem mais de 10 etnias que formam o povo nepalês, ou seja, diversos dialetos e muita cultura. Eles são budistas, hindu, islãs... Ainda vou entender e tentar traduzir essas dúvidas. Quero filmar, fotografar e contar pra vocês tudo, ou quase tudo, que acontecer por lá. Contar histórias de pessoas interessantes e mostrar um pouco de como vai ser tudo isso.

Uma busca por paz, uma fuga de tudo que me deixou sem saber pra onde ir, uma oportunidade de crescer e acrescentar. Um desejo de ver o mundo e perceber a importância das coisas. Vontade de ser melhor profissional, de viajar e me tornar escritor (o que me motivou a ser jornalista), de ser melhor filho, irmão, namorado, amigo, pessoa.

Vou tentar colocar um vídeo da preparação da mala, que ainda nem começou. Quero descobrir quase tudo na hora e sentir essa mudança. Mantenham contato por aqui. Namastê!